Homens e mulheres referem-se aos filhos de forma diferente. Os filhos e filhas em relação à mãe são membyra e em relação ao pai são ta'yra (filho) e taîyra (filha), que mudam para ra'yra e raîyra quando aparecem no caso possessivo (meu filho, teu filho, filho de alguém). Além disso, essas palavras podem funcionar como verbos (ter filho/filha/filhos/filhas) ao perderem o sufixo -a.
Essas são as construções que me parecem mais adequadas considerado o que conheço da gramática do tupi, mas não encontrei registros escritos desse tipo na literatura clássica, com frases dizendo quantos filhos se tem. O mais próximo disso que encontrei está na tradução do Credo, na expressão "único filho": ta'yra oîepéba'e. A expressão "um filho" seria ta'yra oîepé. Veja este trecho do Credo:
Creio em Deus Pai, todo poderoso
( creio em / Deus / Pai / toda / coisa / qualquer / fazer + {sufixo nominalizador} / poder + aquele que)
creio em Deus Pai, aquele que pode fazer toda e qualquer coisa
criador do céu e da terra.
( céu / terra / também / fazer + -dor )
do céu e da terra também criador
( creio em / Jesus Cristo / também / Filho / um + aquele que / a gente / Senhor )
também creio em Jesus Cristo aquele que é um Filho, Senhor da gente
Na grafia original:
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