O numeral ordinal equivalente ao cardinal oîepé (um) é ypy (primeiro). Para os demais numerais ordinais até quarto, adiciona-se o sufixo -a ao numeral cardinal correspondente.
1º - ypy
2º - mokõîa
3º - mosapyra
4º - irundyka
É natural tentar fazer o mesmo para os demais numerais:
5º - ambó-a, amboa
6º - poîepé-a, poîepea
7º - pomokõîa
Curiosamente, em esperanto também se adiciona -a aos numerais cardinais para se formar os ordinais (1 - unu, 1º - unua / 2 - du, 2º - dua / 3 - tri, 3º - tria). Parece-me uma boa adaptação adotar a mesma regra para o tupi em sua forma revivificada, mas não há registros desse tipo de padrão para números maiores que quatro (4) em textos clássicos. Além disso, a adição do -a é facilitada pelos finais em consoante de mokõî (2) (a semivogal conta como consoante), mosapyr (3) e irundyk (4), o que não ocorre em ambó e poîepé, tornando o sufixo menos natural.
Segundo uma nota de rodapé (escrita por Edelweiss) de "O Tupi na Geografia Nacional" (Sampaio, 1987), o padre Bettendorff cita variações usando o prefixo mo- e o sufixo -saba (ou -ndaba na forma nasalisada) envolvendo o numeral cardinal, como em momokõîdaba (o n de -ndaba é omitido porque a nasalização já está presente em ôî), precedido do pronome i, como em i momokõîdaba (o segundo) ou i mocincosaba (o quinto, usando a palavra cinco em português).
5º - i mocincosaba
Sampaio cita que o nheengatu admite usar o sufixo -ûara para fazer o ordinal a partir do cardinal, como em mokõîûara (segundo) e mosapyraûara (terceiro), mas Edelweiss diz em nota de rodapé que essa estratégia é do nheengatu e não do tupi.
Tente usar os numerais cardinais, mostrados na publicação "Os números em tupi", para formar os ordinais usando o prefixo mo- e o sufixo -saba, ou o sistema importado do nheengatu, se preferir.
5º - moambosaba
6º - moamboîepesaba
e assim por diante.