Assim, eu sugiro que se diga, em tupi, ao chegar,
'Aporanga!
Dia bonito!
(contração obrigatória de 'Ara poranga!)
(contração obrigatória de 'Ara poranga!)
e, ao sair,
Nde 'ara t'i porang!
Que teu dia seja bonito!
(contração obrigatória de Nde 'ara ta i porang! lit. "Seu dia que ele [seja] bonito!")
(contração obrigatória de Nde 'ara ta i porang! lit. "Seu dia que ele [seja] bonito!")
ou
Nde 'ara t'e'ikatu!
Que teu dia mostre-se bom!
(contração de Nde 'ara ta e'ikatu! lit. "Seu dia que mostre-se bom!")
(contração de Nde 'ara ta e'ikatu! lit. "Seu dia que mostre-se bom!")
No entanto, essa é uma adaptação atual do tupi clássico, ou seja, o que chamo de tupi brasileiro. Pelo
que se sabe, os tupis antigos não diziam "bom dia". Para cumprimentar,
os homens diziam o nome da pessoa e "gûé", enquanto as mulheres usavam
"îú". Exemplos:
Abá gûé!
Olá, pessoal!
(falado por homem)
Abá îú!
Olá, pessoal!
(falado por mulher)
Essas partículas também marcam o vocativo de forma geral. Se você coloca o nome da pessoa seguido de uma delas no meio da frase, é como se você estivesse dizendo "ó Fulano" (ou sem o "ó" e entre vírgulas para uma tradução menos formal). Exemplos:
Pá, xe irũ-etá gûé!
Sim, ó meus companheiros!
Sim, meus companheiros!
Tupã, Tupã gûé!
Deus, ó Deus!
Deus, meu Deus!
Anna Júlia gûé!
Ô Anna Júlia!
No nhengatu, o tupi moderno ainda falado nativamente na região Norte e que serve de fonte de vocabulário para o tupi brasileiro, temos:
Bom dia: puranga ara, yané kwema, kwema yandé.
Boa tarde: puranga karuka, yané karuka, karuka yandé.
Boa noite: puranga pituna, yané pituna, pituna yandé.
Fonte: Neh Jes, Francisco Silva. In Língua Brasílica - Tupi, Guarani e Nheengatu (grupo Facebook).